III Encontro de Pesquisadores do Ensino de Geografia é realizado no Campus Caxias


Por em 2 de julho de 2024



Foi realizado no Auditório Leôncio Magno do Campus Caxias, nos dias 26 e 27 de junho, o III EPEGEO+ (Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão em Geografia) do Campus Caxias. A coordenação foi do Centro Acadêmico de Geografia. O tema foi “Diálogos e práticas escolares: debatendo alternativas metodológicas para o ensino de Geografia”.

No dia 26, a palestra “Práticas e Metodologias para o Ensino de Geografia” foi proferida pela Profa. Dra. Maria Luzineide Gomes Paula, da UESPI (Universidade Estadual do Piauí): “Como ser um bom professor? Você acha que é suficiente saber muito. Nós precisamos nos aprimorar constantemente. O sistema educacional não fica parado, e devemos ter instrumentos didáticos eficientes na aula”, ela questionou.

Segundo a professora Luzineide, na pirâmide da aprendizagem, 80% do que aprendemos é fazendo e 95% é ensinando aos outros. É importante o aluno se reconhecer. A pessoa acha que sabe porque leu, mas o fazer exercita o conhecimento. Aprender não é só passar conhecimento, o aluno deve ser protagonista. Ela citou recursos para usar em sala de aula: “O meme é um fenômeno e pode promover discussões. Também podem ser usados vídeos curtos. Ficar atento ao que se expõe além de uma aula teórica. Também podemos usar a poesia, o cordel, oficinas pedagógicas. Tudo o que ensinarem, façam com amor. Não ensinem para acabar a aula. Os alunos percebem isso”, orientou.

Foi dito que alguns livros trazem experimentações, mas não mostram como levar isso ao aluno. É preciso se colocar no lugar dele. Quando se fala em globalização, ninguém enxerga o estudante no texto do livro. O professor tem conhecimento, mas não se enxerga na realidade. O professor tem que pesquisar, se aprofundar, ser mais humano. Os estudantes vivem em vários contextos sociais.

A segunda palestra, com o título “Reflexões para o professor pesquisador”, ficou a cargo da Profa. Dra. Roneide Sousa: “Desde 2014, tento aproximar a Geografia, a escola e a ciência. Estou formando professores e preciso saber como o conteúdo apareceu no livro didático. Como o conteúdo apresentado está presente na paisagem? Todos os elementos servem para entender o todo. Sobre cartografia, por exemplo, qualquer conteúdo pode ser trabalhado em um mapa. Existe a vivência do cotidiano do aluno e a vivência do conhecimento prévio desse aluno como referência para conduzir o ensino e a aprendizagem”, enfatizou.

Para o professor Manoel Barradas, chefe do Departamento de História e Geografia do Campus Caxias: “A Geografia é uma ciência universal e deve ser compartilhada da melhor maneira possível, contribuindo para a formação dos alunos”, ressaltou.

Durante a tarde do dia 27, ocorreram Grupos de Discussão. Na mesa de encerramento, estavam presentes o Prof. Dr. Hikaro Kaio de Brito Nunes e o Prof. Dr. Francílio de Amorim dos Santos.

O professor Hikaro falou sobre “Possibilidade e inovação aliadas às novas tecnologias com ênfase no ensino de Geografia”. Para ele: “A Geografia não é linear. A tecnologia pode potencializar, mas pode ocorrer o oposto se for usada de modo errado. Temos a mania de fazer uma aula enfeitada, mas podemos usar recursos simples. Na criação da identidade profissional, o professor vai construindo e reconstruindo, conquistando novos rumos”, explanou.

Ele acredita que para entender uma dinâmica é preciso se questionar e apontou os princípios geográficos: analogia, causalidade, extensão, atividade e conexidade. Uma das ferramentas sugeridas por ele para o ensino é o padlet – um manual interativo virtual que possibilita a postagem de textos e promove a interação.

O professor Francílio tratou sobre “Diálogos e práticas escolares: debatendo alternativas metodológicas para o ensino de Geografia”: “Pesquisas mostram um processo de regressão biológica por não sabermos mais usar equipamentos analógicos. Passamos pela tecnologia sem refletir sobre isso. É contraditório ter tantas tecnologias e não saber manuseá-las. A Geotecnologia é um facilitador no desenvolvimento de metodologias que interagem com as novas tecnologias. O uso da tecnologia depende do contexto. Uma das barreiras para inserir a geotecnologia é a falta de infraestrutura nos laboratórios de informática”, destacou.

Entre alguns benefícios da Geotecnologia, ele citou o acesso a dados geoespaciais atualizados e diversificados e o estímulo à criatividade do aluno. “Não existe uma ciência à qual a Geografia não esteja associada. E não se trabalha sem a cartografia, pois falamos de espaço. É preciso alfabetizar os alunos nos princípios cartográficos”, informou.

O professor Jorge Martins se manifestou: “Antecipo aqui uma homenagem. O sucesso deste evento, o III EPEGEO+, é exclusivamente em função do trabalho desempenhado pelas pessoas que integram o Centro Acadêmico do Curso de Geografia”, concluiu.

Por: Emanuel Pereira/Uema Campus Caxias

Fotos: Emanuel Pereira/Uema Campus Caxias



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