Uema abre inscrições para quebradeiras de coco babaçu e agroextrativistas cursarem nível superior


Por em 20 de maio de 2024



A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio DA parceria com o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) e Programa de Formação Docente para atender a Diversidade Étnica do Maranhão (Proetnos/Uema) realizou na manhã desta segunda-feira (20), no Centro de Formação das Quebradeiras de Coco Babaçu a aula do 1º módulo do curso “Quebrando saberes, elaborando projetos e preservando a floresta de babaçu”, onde o reitor, Prof. Dr. Walter Canales esteve presente na abertura do evento.  

O encontro com quebradeiras de coco babaçu e agroextrativistas serviu também para anunciar o novo processo seletivo aberto para o curso de Licenciatura em Educação do Campo/ Ciências humanas. São 30 vagas dedicadas para quebradeiras de coco e professores vinculados à rede de ensino que são agroextrativistas. A Licenciatura terá duração de 4 anos e as aulas serão na modalidade de formação por alternância, em São Luís.  

As inscrições vão até 07 de junho e podem ser feitas, de forma presencial, nos Campi da Uema de São Bento, de Santa Inês e em São Luís, no Prédio do Curso de História da Uema, localizado no Centro Histórico. As inscrições também podem ser feitas de forma on-line no: sigconcursos.uema.br 

“Realizamos a assinatura do acordo de cooperação há um mês e partimos também para um edital da CAPES, onde nós fomos exitosos em poder oferecer uma turma de graduação em ciências humanas para as quebradeiras de coco, e hoje, estamos aqui para celebrar esse acordo, celebrar esse novo curso para estreitar essa relação tão importante com esse movimento para o estado do Maranhão e para a universidade também, que já carrega consigo uma experiência de trabalhar com as comunidades indígenas, com as comunidades quilombolas e agora, parte para essa outra comunidade tão importante para a economia e para as questões sociais do nosso estado”, comenta o reitor.  

“A parceria carrega o intuito de formação de lideranças novas e também de aperfeiçoamento das lideranças que já atuam no movimento. É muito importante porque ela reafirma o compromisso da Universidade Estadual do Maranhão também com os grupos e comunidades da sociedade em geral. As quebradeiras de coco representam o Maranhão, são símbolos também desse mundo rural, do campesinato no Maranhão e obviamente a luta política delas, que é histórica, tem sido uma luta muito importante e a universidade também precisa ser parceira em ações tão importantes desse tipo, que também fomentam a educação contextualizada”, enfatiza a Profa. Dra. Viviane de Oliveira Barbosa, professora do Curso de História da Uema e Coordenadora do Curso de Educação do Campo/Ciências Humanas do Proetnos/Uema. 

Esta é a primeira vez que a Uema, por meio do Programa de Formação Docente para atender a Diversidade Étnica do Maranhão (PROETNOS), beneficia diretamente quebradeiras de coco babaçu. Nos anos anteriores, o Proetnos contemplava apenas quilombolas e indígenas.  

“Para nós é um dia de luta, um dia de conquistas e um dia de agradecimento. Dizer que essa parceria entre o MIQCB e Uema com o curso de graduação, para nós quebradeiras de coco, que estão na base, que estão lá nos colégios dos municípios, no estado, na ideologia de trabalhar a formação de professores para nós, do campo, é trabalhar a iniciativa política, social, que está dentro da política do MIQCB enquanto a educação contextualizada”, comenta a coordenadora geral do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB). 

O Centro de Formação das Quebradeiras fica localizada na sede administrativa do MIQCB, localizado no Centro Histórico de São Luís. Neste mês o espaço completou um ano de funcionamento e já recebeu duas turmas (jovens e mulheres), na modalidade formação por alternância.  

O Proetnos/Uema é o Programa de Formação Docente para atender a Diversidade Étnica do Maranhão da Uema, que foi criado para formar e qualificar professores para assumir os processos de escolarização nos territórios dos povos e comunidades tradicionais no Estado do Maranhão garantindo assim a autonomia desses territórios, uma vez que os professores a serem formados devem ser exclusivamente oriundos das suas comunidades e povos. 

Por: Ascom/Uema

Fotos: Rafael Carvalho



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