1º Encontro de Físicos da Cidade de Caxias é realizado no Campus Caxias


Por em 14 de maio de 2024



     

Foi realizado nos dias 8, 9 e 10 de maio, no auditório Leôncio Magno, corredores e algumas salas do Campus Caxias da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), o 1º Encontro de Físicos da Cidade de Caxias. Palestras, minicursos e uma mesa-redonda foram as atividades desenvolvidas. O tema foi “A Física como instrumento integrador do conhecimento e aprendizado”.

O evento foi uma iniciativa do Curso de Física Licenciatura EAD da Uema, coordenado pelo professor Márcio da Silva Tavares, em parceria com o diretor do Curso de Física de Caxias, professor Ediomar da Costa Serra. Eles coordenaram os trabalhos. O encontro objetivou aquecer o campo de pesquisa local, promovendo a interlocução entre a universidade e instituições de ensino. Despertar nos alunos do Ensino Básico o interesse pela docência.

A assessora da Direção, professora Maria de Fátima Alencar Rios, representando a Diretora, professora Valéria Cristina, falou: “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda. Essas são palavras de Paulo Freire, que conduzem sobremaneira nossa missão como educadores e sublinha o importante papel da universidade, não somente na produção do conhecimento, mas também na formação de nossos acadêmicos. O Campus Caxias Uema estará, como sempre, aberto ao diálogo com os municípios circunvizinhos. A Uema é hoje a universidade mais interiorizada do Maranhão”, ressaltou.

                   

Ela prosseguiu: “Quero deixar aqui um agradecimento a todos os professores e alunos do Curso de Física do Campus Caxias, pela luta na busca de um objetivo maior: formar recursos humanos capazes de formar dignamente a profissão de professor. Mas, para isso, cada um contribui com a tarefa que lhe compete”, acrescentou.

A palestra de abertura foi do professor Raffael Costa de Figueiredo (IFAM –Instituto Federal do Amazonas), que falou sobre “Espectroscopia vibracional e suas aplicações na identificação de moléculas”.

No dia 9, pela manhã, o professor Esdras Barbosa dos Santos, da Uema, apresentou a palestra “Introdução à Teoria da Relatividade Geral de Einstein: a gravidade como curvatura do espaço-tempo”. De acordo com ele, o ponto de partida da Relatividade Geral surgiu quando Galileu Galilei percebeu que todos os corpos caem da mesma forma, independente de sua massa. Já as ideias de Newton eram baseadas no espaço e tempo absolutos, conceito que foi mudado por Albert Einstein em 1905. Uma pessoa em queda livre não sente o próprio peso e para Einstein é impossível distinguir os efeitos da aceleração e da gravidade.

                     

À tarde, a palestra “Propriedades de transporte eletrônico em sistemas bidimensionais anisotrópicos” ficou a cargo do professor João Milton Pereira Júnior, da UFC (Universidade Federal do Ceará). Ele citou o grafeno como elemento de alta resistência, bom lubrificante sólido e possível sucessor do silício. Disse também que teorias voltadas para escalas mais extremas estão sendo desenvolvidas.

O professor Márcio Tavares se manifestou: “O objetivo deste evento é agregar valor. Não só os conteúdos da Física, mas também a integração entre as pessoas. A iniciativa de trazer professores de São Luís e instituições parceiras é uma concretização disso. Integrar pessoas e conhecimento, que é construído na colaboração, na transferência de conhecimento. Não só propagar conceitos da Física, mas estimular a comunidade local a entender mais sobre essa ciência e somar forças conosco num futuro próximo. Façam usufruto desse momento, sejam ativos”, incentivou.

                     

Em seguida houve apresentação de pôsteres em frente ao auditório.

No dia 10, pela manhã, o assunto “Um rolê pela História da Física”, foi tratado pelo professor Tarek Chaher Kalaoun (UNIARAGUAIA – Centro Universitário Araguaia): “Podemos dizer que a Física surge como sistema de comportamento, mediante o qual o homem adquire o domínio do meio ambiente sem recorrer a explicações mitológicas. A experiência como metodologia científica surge com Galileu. Algumas civilizações foram esquecidas. Exemplo disso é que no século X já se falava sobre a velocidade da luz. A história da ciência não acaba”, constatou.

Outro ponto abordado, pela tarde, foi “Nanociência e nanotecnologia: da ideia inicial aos dias atuais” pelo professor Anderson Costa da Silva (PUC-GO –Pontifícia Universidade Católica de Goiás).

Logo depois houve a apresentação de experimentos em um dos corredores.

                   

À tarde também se fez a mesa redonda “Perspectivas da Nanociência no Século XXI”, com o professor João Milton e mediação do professor Raffael Costa. “Um nanômetro corresponde a um bilionésimo de 1 metro. A nanotecnologia trabalha a matéria e cria dispositivos na escala de 1 a 100 nanômetros. Algumas aplicações são o aumento da eficácia de células solares, em têxteis (nanopartículas de prata para reduzir bactérias) e encapsulamento para fármacos. Sobre a Inteligência Artificial, é preciso saber usar da melhor maneira o lado positivo de um avanço tecnológico. Devem surgir bases de dados gigantes e a pessoa deve usar a criatividade”, explanou o professor João Milton.

Os minicursos apresentados foram: “Introdução à Nanociência e Nanotecnologia” com o professor Mateus Rêgo; “Noções básicas em simulação computacional de sistemas nanoestruturados”, com o professor Edvan Moreira e “A transversalidade do ensino na busca do design teen na confecção de foguetes”, com o professor Diego dos Santos.

Nas palestras estavam presentes estudantes do Centro de Ensino Inácio Passarinho. Um deles, Rafael Machado da Silva, do 3º Ano B, opinou: “Esse conhecimento da Física e a história dela mostra como devemos aproveitá-lo. Falaram sobre brasileiros, pessoas de outros países e épocas diferentes que contribuíram para o assunto, além de um lado filosófico. Isso gera desenvolvimento no mundo”, comentou.

O diretor do Curso no Campus Caxias, professor Ediomar Serra, fez uso da palavra: “O 1º Encontro de Físicos da cidade de Caxias foi um verdadeiro sucesso, uma vez que tratou de temas de excelência no contexto da Física. As abordagens das palestras giraram em torno da Física como instrumento integrador do conhecimento e aprendizado. O evento contou com palestrantes de renome e alto nível no ramo da Física. O público alvo foi de certa forma, misto, sendo formado por acadêmicos e alunos da educação básica”, relatou.

Ele deu continuidade: “Dentro da programação foram feitos diversos minicursos, sobre lançamento de foguetes, simulação computacional, exposição de experimentos e de robótica. De forma que o público pôde apreciar o universo mágico da Física e sua conexão com o mundo tecnológico: macro, micro e nanotecnológico”, finalizou.

Por: Emanuel Pereira/Campus Caxias



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