IV Ciclo de Palestras do Curso de Geografia é iniciado no Campus Caxias


Por em 30 de abril de 2024



     

Na noite de sexta-feira, dia 26 de abril, foi realizada no auditório Leôncio Magno, Campus Caxias da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) a abertura do IV Ciclo de Palestras, do Curso de Geografia, organizada pelo Centro Acadêmico. A palestra inicial foi da Profa. Me. Patrícia Barbosa Pereira, com o tema “Fragilidade Ambiental no baixo curso da Bacia Hidrográfica do Rio Itapecuru”. Esse assunto foi sua dissertação de Mestrado, advinda do Mestrado Profissional em Análise e Planejamento Espacial do IFPI (Instituto Federal do Piauí).

A palestrante destacou: “Dentro deste interstício da pesquisa falamos sobre fragilidade potencial e fragilidade emergente. A fragilidade potencial é a que ocorre naturalmente na área, onde obtém-se resultados a partir de mapeamentos de geologia, geomorfologia e de solos. A fragilidade emergente é evidenciada a partir das atividades antrópicas. Esse estudo se baseou nessas duas fragilidades, buscando saber qual o grau de desestabilização desse ambiente. Após essa produção, foi elaborado um manual técnico de manejo integrado da Bacia do Rio Itapecuru. Ele tem uma linguagem bastante acessível, pois é voltado para vários públicos. Apesar do desmatamento, ainda existe uma área de transição”, explicou.

       

Entre algumas informações, foi dito que o Rio Itapecuru nasce na região de Mirador/Ma. Seu baixo curso começa no 3º Distrito da cidade de Caxias e desemboca próximo à cidade de São Luís, abastecendo 70% da capital maranhense. Ele é um dos mais antigos caminhos do Maranhão. No século XVIII, durante a consolidação do estado, havia o sistema hidroviário e a expansão dos núcleos urbanos, com o surgimento de fábricas têxteis, por exemplo. E ele fez parte desse processo.

Ao identificar as fragilidades, podem ser feitas propostas de zoneamento ambiental, com recomendações e limitações para a utilização de terras, buscar informações que ajudem a identificar limitações e potencialidades da área e desenvolver ações e planejamentos do uso dos recursos naturais da bacia hidrográfica.

A professora Patrícia fez referências também ao tipo de solo da região, à inclinação do terreno, às atividades agricultáveis e à fragilidade geológica. Muitas vezes o solo não é propício para plantar e são feitas adaptações.

   

O professor Jorge Martins se manifestou: “Começamos a valorizar ainda mais as produções acadêmicas oriundas desta casa. Nesta edição de 2024 do Ciclo de Palestras todos os palestrantes são filhos desta casa. O evento é do Grupo de Ensino e Pesquisa que coordenamos. Agradeço a todos que compõem o Centro Acadêmico. Neste momento, mais importante que qualquer professor é o trabalho feito por ele, fazendo com que o evento ocorra”, ressaltou.

O professor Manoel Barradas, Chefe de Departamento do Curso de Geografia, também se pronunciou: “Percebi que todos estavam atentos ao posicionamento de nossa palestrante. Percebe-se o quanto é difícil produzir conhecimento no Nordeste, particularmente no Piauí e Maranhão.  Mas não fiquem desestimulados, pois o centro de Caxias é o que mais produz conhecimento no interior, o que mais aprova projetos de interesse social. Em termos proporcionais, é o que mais possui professores qualificados em áreas específicas. Continuemos unidos com o propósito de levar nossa voz aos mais diversos cantos do Maranhão. Vocês, alunos, serão a prenda do amanhã, a continuidade das nossas ações. Fiquem próximos de quem é compromissado com a produção científica, com o conhecimento e o ensino de qualidade. Desenvolvam habilidades que favoreçam a capacidade de articulação, sempre visando resultados da forma mais compartilhada possível. Acreditamos em vocês”, concluiu.

Por: Emanuel Pereira/Campus Caxias

 



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