Uema participa do Fórum Transição Justa e Segurança Energética


Por em 15 de março de 2024



                     

Com foco no debate sobre as novas fronteiras de óleo e gás, a capital maranhense recebeu nesta sexta-feira (15) o Fórum “Transição Justa e Segurança Energética”, realizado no Hotel Blue Tree Towers. A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) esteve presente no evento por meio do seu reitor professor Walter Canales, que é promovido pela Petrobras e conta com a parceria do Governo do Maranhão, do Consórcio Amazônia Legal e com o apoio da Companhia Maranhense de Gás (Gasmar).

Durante o Fórum Transição Justa e Segurança Energética foram realizados debates e palestras sobre a Margem Equatorial brasileira, autossuficiência, segurança e soberania energética nacional. O debate contemporâneo em torno da transição energética destaca a urgência de alterações progressivas nas fontes de energia em todo o mundo, visando a redução das emissões de CO2 e os impactos das mudanças climáticas. 

Conforme destacado pelo diretor-presidente da Gasmar, Allan Kardec Duailibe, a noção de “transição justa” implica na integração da região na produção de energias renováveis, sem abandonar as vantagens advindas do setor de petróleo e gás, que representa a última fronteira nesse contexto no Brasil.

A região conhecida como Margem Equatorial, compreende os estados do Amapá, Pará, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte. Começa na faixa litorânea da Guiana e possui 5 bacias sedimentares em território nacional. Das cinco bacias, o Maranhão possui duas, a Bacia Pará-Maranhão e Barreirinhas, apontada por estudos pelo potencial extraordinário de reservas de petróleo e gás, estimadas em 20 a 30 bilhões de barris.

No contexto local, o Maranhão, sede deste evento regional, apresenta condições favoráveis para a produção de energias renováveis, com sua localização privilegiada próxima à linha do Equador, com elevada radiação solar, incidência de sol ao longo do ano e ventos alísios constantes, que contribuem para o aumento da capacidade da geração de energia eólica em uma área de 12 mil km² em constante aumento na geração.

O evento contou com a presença do governador do Pará e presidente do Consórcio Amazônia Legal, Helder Barbalho, do governador do Maranhão, Carlos Brandão, do governador do Amapá, Clécio Luís, e dos demais governadores dos estados participantes do consórcio. 

A sessão inaugural também contou com a participação do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que expressou preocupação com a preservação da Amazônia, enfatizando a importância do desenvolvimento ambientalmente responsável na região.  “A preservação da Amazônia é importante não só para o meio ambiente, mas também para o desenvolvimento sustentável e a segurança e dignidade das pessoas que vivem na região, bem como para o bem-estar de todo o povo brasileiro”, disse.

Além das outras diversas autoridades presentes no evento, o reitor da Uema, Walter Canales destacou a importância da transição justa e segura para a energia e ressaltou a relevância dos investimentos da Petrobras para capacitar e qualificar alunos e professores da universidade. “Estivemos neste fórum, que agregou a reunião de governadores da região da Bacia Pará-Maranhão e Barreirinhas, que tem um grande potencial petrolífero, e foi importante a apresentação de que as perfurações, a exploração, estarão sempre aliadas à segurança ambiental. A universidade se insere neste contexto, pois a Petrobras está presente, e com ela temos várias possibilidades de investimento na qualificação e na capacitação de nossos alunos, de nossos professores, da sociedade maranhense que está correlacionada ao ensino superior. Foram importantes contatos, importantes palestras, e que possamos então, usufruir disso para trazer à universidade os bens decorrentes desses investimentos”, expressou.

O presidente do Consórcio e governador do Pará, Helder Barbalho, destaca a importância do diálogo e da busca pelo equilíbrio entre segurança energética, planejamento energético e preservação ambiental, especialmente na Amazônia. 

“Certamente, neste Fórum, a construção do diálogo deve ser colocada no mais alto nível de destaque, o diálogo para a construção do equilíbrio entre a segurança energética e o planejamento energético no nosso país. Diante, inclusive, das oportunidades que isto pode trazer, além da segurança energética, também o processo econômico com a agenda ambiental. Nós temos absoluto compromisso com a preservação da floresta. Esta é a agenda da Amazônia, e particularmente, aqui falo na condição de governador do Pará, esta é a agenda do Estado do Pará. O que nós queremos é que haja o debate, o diálogo, a discussão, e que, tecnicamente, cientificamente, subsidiável por pesquisa, por conhecimento, e, claro, com o mais alto nível de implementação de estratégias, nós possamos ter clareza de que é possível compartilizar o ativo de combustíveis fósseis da margem equatorial com a preservação ambiental”, enfatizou.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, encerrou seu discurso expressando votos de sucesso, destacando a importância da reunião dos governadores, enfatizando o interesse na exploração da margem equatorial e a necessidade de preparar um projeto convincente para o atual presidente. 

“Eu finalizo aqui, mas as palestras vão continuar, o debate vai continuar. A gente com certeza vai chegar a um ponto. O importante é que a gente chegue ao presidente Lula com o encaminhamento desse grande projeto que é a margem continual. Os governadores já se manifestaram através de uma carta ao presidente Lula, do interesse de exploração da margem equatorial. Esse foi o primeiro passo. Agora precisamos, através do presidente Jean Paul e dos governadores da Amazônia, preparar um grande projeto para que possamos mostrar ao presidente”, concluiu. 

Por: Karolynne Sodré



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