Uema anuncia projeto para ampliar sua presença no Centro Histórico: um novo espaço para o PPGCSPA


Por em 10 de janeiro de 2024



                   

A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) pretende dar um passo significativo na expansão da sua presença no Centro Histórico com um projeto para ocupar um casarão, doado pela EMARHP em 2013. Este prédio histórico abrigará o Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia (PPGCSPA), ampliando significativamente a estrutura física da universidade.

O casarão será adaptado para atender às necessidades acadêmicas, com salas de aula, biblioteca setorial Diana Antonaz, laboratório cartográfico, sala de pesquisa, auditório, sala de informática e servidor de bancos de dados, além de uma sala de reserva técnica. Essa iniciativa visa não apenas ampliar o espaço do PPGCSPA, mas também proporcionar um ambiente propício ao desenvolvimento acadêmico e educacional.

A divulgação desse projeto ocorreu durante o II Seminário Internacional “Centro de Ciências e Saberes, trabalho etnográfico e cartografia social,” realizado entre 9 e 12 de dezembro de 2023, no auditório do Prédio do curso de Arquitetura e Urbanismo da Uema. Durante o evento, os participantes tiveram a oportunidade de visitar o casarão, localizado na esquina da Rua 14 de Julho com a Rua do Giz.

Esse casarão não será apenas um espaço acadêmico, mas também abrigará, de forma permanente, a Exposição “Saberes Tradicionais e Etnografia,” que está em exibição na Casa do Maranhão até o final do mês de dezembro. A exposição é composta por artefatos de coleções museológicas de treze povos e comunidades tradicionais, representando uma rica diversidade cultural da região.

Entre as comunidades retratadas na exposição estão quilombolas de Alcântara, MA; quilombolas do Rio Andirá, Barreirinhas, AM; Comunidades Remanescentes de Quilombo, Cachoeira Porteira, PA; Quilombolas de Camaputia, MA; Quilombolas de Enseada da Mata, Formoso e San Sapé, do município de Penalva, MA; Pequenos Agricultores Assentados, Imperatriz, MA; Ribeirinhos do Jauaperi, AM, RR; Povo Juruna, MT; Povo Kokama, AM; Povo Matis, AM; Povos Sateré Mawé e Tikuna, AM; Povo Tenetehara, Terra Indígena Pindaré, MA; Povo Tremembé, MA.

A Exposição é resultado de pesquisas realizadas por professores do Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia, no âmbito do Projeto “Revitalização e Instalação de Museus Vivos na Amazônia,” aprovado por chamada pública do CNPq (Chamada CNPq/MCTI/FNDCT nº 39/2022). O projeto é coordenado pelo professor Dr. Alfredo Wagner Berno de Almeida e tem possibilitado a continuidade das atividades de pesquisa relacionadas à criação dessas “novas coleções”.

Para o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, Marcelo Cheche Galves: “Essa demanda expressa as necessidades advindas de um contínuo crescimento dos programas de pós-graduação da Uema, hoje são 24 cursos, o que exige de nós a busca por novos investimentos, também em estrutura física”.

Com essa iniciativa, a Uema não apenas expande sua presença física no Centro Histórico, mas também reforça seu compromisso com a preservação e promoção dos saberes tradicionais da Amazônia, tornando-se um centro de referência no diálogo entre academia e comunidades locais. O casarão representa não apenas um espaço físico, mas um elo valioso entre passado, presente e futuro, onde a cultura e a pesquisa convergem para construir um legado duradouro do Maranhão.

Por: Karla Almeida

 



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