Um treinamento fruto da parceria firmada a Universidade Estadual do Estado do Maranhão (UEMA), Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged), e o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) marca a ativação do Programa de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves no Maranhão.

Animais como ostras, sururus, sarnambis e tariobas extraídos e comercializados no Maranhão, passarão a ser alvo de constante controle sanitário por parte da Aged. Como parte da implementação do programa de monitoramento dessas espécies no Estado, uma embarcação composta por pesquisadores, técnicos, oceanógrafos e estudantes, saiu do Porto do Braga, no município de Raposa, nessa quinta-feira (27), para receber treinamento sobre como evitar a contaminação microbiológica e por fitotoxinas dessas espécies.

Ostras, sururus e sarnambis são exemplos de iguarias muito apreciadas pela população maranhense. Na biologia, esses animais marinhos foram agrupados na classe dos moluscos Bivalves, do filo Mollusca. Estes organismos caracterizam-se pela presença de uma concha carbonatada formada por duas valvas – partes articuladas da concha de um molusco.

“Todas as áreas de extração e de cultivo desses moluscos serão monitoradas no futuro, de acordo com a legislação do Mapa. Viemos trazer esse treinamento e a nossa experiência, em Santa Catarina, de muitos anos, no monitoramento de algas nocivas, toxinas e bactérias nesse tipo de produto”, ressaltou o oceanógrafo Mathias Schramm, professor do IFSC e um dos monitores do treinamento.

Participaram do treinamento técnicos da Aged e da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sagrima), além de estudantes universitários, como é o caso da aluna Joyce Campos, acadêmica de Engenharia de Pesca da UEMA.

“É um momento importante. Consigo associar o conhecimento teórico com a prática, a vivência. Aprendi novas técnicas de coletas, como fazer a coleta para identificação dessas micotoxinas, plânctons ou fitoplânctons, usando materiais que já conhecia da universidade, mas também com tecnologias que trouxeram de Santa Catarina”, contou a universitária.

Alimentos de qualidade

De acordo com o oceanógrafo da IFSC, Thiago Alves, o objetivo é garantir que o consumidor final receba um produto de qualidade e sanitariamente seguro para alimentação humana.

“A atividade de aquicultura é uma atividade produtiva de grande relevância econômica e social e que tem um grau de sustentabilidade muito elevado. O objetivo é implementar programas de controle sanitário para que a população possa consumir um produto com a máxima garantia de qualidade”, pontuou o pesquisador.

Para a Alana Raissa Silva, profissional da Aged/MA responsável pela execução do Programa de Sanidade dos Animais Aquáticos, a garantia da circulação de alimentos com qualidade sanitária é uma das missões da agência estadual.

“São produtos consumidos de forma in natura e se estes animais estiverem contaminados, geram riscos ao consumidor. A Aged tem a missão de ofertar produtos com qualidade e com segurança para os consumidores”, concluiu.

Por: Secom Maranhão