Workshop e recital marcam o


Por em 29 de agosto de 2011



Após quatro dias de oficinas, mesas-redondas,

apresentação de trabalhos e muita animação, a III Semana de Música da Uema terminou em grande estilo. No começo da tarde da sexta-feira, 26, o

‘Cine Música’ apresentou o filme “A vida no Paraíso”, às 15h30, seguido do workshop sobre improvisação, com o Maestro Jim Howard

III e pelo recital de encerramento em que estiveram presentes a Orquestra de Violões e músicos como Josias Sobrinho e Jair Torres.

“A vida no

Paraíso” foi o terceiro filme com temática musical apresentado durante o evento nas sessões do ‘Cine Música’. “Nossa

intenção era passar filmes que propusessem reflexões sobre a função social da música, sobre como ela pode ajudar no convívio das pessoas.

Além disso, escolhemos o cinema para que houvesse interação entre várias artes”, comentou Goretti Cavalcante, coordenadora da Semana.

Na quarta foi apresentado o documentário "Dudamel: el sonido de los niños", que relata a vida do regente de orquestra venezuelano Gustavo Dudamel e explica

"O Sistema", um método para iniciar crianças e jovens na música que surgiu no país petrolífero. Na quinta foi “A voz do

coração”, em que a música é utilizada para amenizar conflitos, e, no último dia, com “A vida no Paraíso”, a música foi

abordada como agente organizador e emancipador de uma comunidade.

Sexta-feira foi um dia muito esperado por vários participantes por conta do workshop de

improvisação organizado por Jim Howard III, músico norte-americano radicado em São Luís há alguns anos. Ele falou sobre técnicas e formas de

improvisar, além da importância de compor. O tema foi abordado sob um olhar diferenciado, mostrando que é possível achar alternativas que não estão

imbricadas na teoria e como a simplicidade pode ser o melhor caminho.

“O Jim é muito experiente, mostrou coisas essenciais que não estão na

teoria convencional. A postura do músico, perda de medo, se expor, procurar timbres diferentes, tudo isso é muito importante para aprender a improvisar. Além de tudo

isso, ele ainda compôs em cima do palco, brincou, improvisou, foi excelente”, afirmo Joaquim Santos, professor de violão da Escola de Música do Maranhão

(EMEM).

Por fim, aconteceu um pequeno recital que contou com a presença da Orquestra de Violões da EMEM, e apresentações de alguns

participantes da Semana, como o cantor e violonista Josias Sobrinho e o guitarrista Jair Torres. Composta por 8 participantes, a Orquestra de Violão (ver foto) tocou um

repertório variado, começando com uma composição clássica, passando por milongas e tangos até chegar a um baião de Hermeto Pascal. Josias e

Jair tocaram canções próprias, improvisaram, receberam convidados, entre outros.

Toda essa programação aconteceu no Teatro Alcione

Nazaré, no Odylo Costa Filho (Centro). No hall de entrada havia uma exposição de instrumentos alternativos confeccionados por Ricardo Passos. Eram tambores e flautas

feitos com cano PVC, xilofones feitos de cerâmica e vidro, bateria em que o bumbo era feito de balde, além de tampas de latas das quais eram feitas os pratos. “Trabalho

com esse tipo de coisa há bastante tempo, tento mostras as possibilidades musicais com materiais alternativos, de como é possível construir a partir do que não

se pretendia mais utilizar”, comentou Ricardo Passos.



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