Estudos de Invertebrados no CESC/Uema incentiva o conhecimento dos seres


Por em 3 de novembro de 2014



Produzir conhecimento científico através da descrição de características dos insetos, levantar os principais grupos presentes na fauna maranhense e formar mão de obra qualificada na região. Esses são os principais objetivos do Laborarótio de Estudos dos Invertebrados (LEI), localizado no Centro de Estudos Superiores de Caxias (CESC), da Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

Uma equipe composta por aproximadamente 20 membros (colaboradores, estudantes de pesquisa, iniciação cientifica e extensão) tem desenvolvido trabalho de grande relevância acadêmica na área da biologia. Com os estudos de Taxonomia e Sistemática, os integrantes apontam e estabelecem critérios para classificar os insetos (moscas, besouros, borboletas, mosquitos) de acordo com suas características fisiológicas, evolutivas, anatômicas e ecológicas.

“Quando a gente nomeia seres cientificamente, de maneira criteriosa, eles serão conhecidos na comunidade acadêmica universal. A linguagem científica é única, tornando-se imutáveis as denominações que fazemos”, explicou a professora Joseleide Teixeira Câmara, colaboradora do laboratório.

Criado em 2007, o LEI tem fundamental papel na identificação do material de representação da fauna regional. Ao longo desses anos, a infraestrutura do local foi melhorada, graças ao esforço de seus integrantes e parcerias com outras instituições de ensino superior.  Hoje, o local conta com vasta aparelhagem científica, que possibilita detalhar cada espécie ou espécime (exemplar) coletada, contribuindo para resultados precisos.

Além da estrutura física, outro significativo trabalho é desenvolvido nas escolas locais, onde são levados os materiais de estudo para a sala de aula. “Nós levamos as gavetas de insetos para exposição nas escolas, juntamente com folderes e panfletos informativos. Os alunos se mostram muito interessados, pois são bichos que eles não vêem no dia a dia e aprendem sobre os grupos e espécies. É um ótimo instrumento para o ensino”, pontuou Joseleide Câmara.

Coleção

Como forma de conservar todo estudo realizado, é parte integrante do Laboratório, a Coleção Zoológica do Maranhão (CZMA), que abriga diversos exemplares e grupos bastante representativos na fauna regional.

Também fundada no ano de 2007 pelo professor Francisco Limeira de Oliveira, curador do espaço, o CZMA possui um gigantesco acervo biológico, contribuindo para a otimização das pesquisas que são realizadas e estimulando o interesse pela ciência. A Coleção representa o patrimônio biológico regional, a diversidade ecológica e conta a história dos ambientes estudados.

“Buscamos reunir um acervo que represente a biodiversidade regional, contribuir para capacitação de mão de obra especializada em Taxonomia e Sistemática para atuar na região; produzir e divulgar o conhecimento sobre a fauna local e regional” declarou Francisco Limeira.

O curador mostrou-se entusiasmado ao falar da quantidade e da qualidade do acervo. “O que me deixa mais feliz é ver pessoas da região e de outros lugares impressionadas com o que temos aqui. Elas ficam pasmas com a diversidade existente e conservada”, declarou.

O professor destacou a importância da preservação dos exemplares.  “Muitos dos bichos que nós temos aqui podem não mais existir daqui há alguns anos. Com o acervo, muitos podem tomar conhecimento desses seres, mesmo na ocorrência de extinção”. Locais como o Parque Estadual do Mirador (localizado no município de Mirador, próximo às nascentes dos rios Alpercatas e Itapecuru), as reservas naturais da cidade de Carolina e a Reserva Ecológica do Inhamun, em Caxias, tem sido as principais áreas da pesquisa regional.

Números

Em 2012, o acervo, que englobava mais de 3 milhões de espécimes (indivíduos), constava de material coletado em todas as principais fitofisionomias do Maranhão e nos estados do Piauí e Ceará. Hoje, são em média 40 milhões de espécimes coletadas.

Parcerias

A CZMA/LEI mantem parcerias com várias instituições, dentre elas: Universidade de São Paulo (USP), Instituto Butantã de São Paulo (SP), Instituto Biológico de São Paulo (IB), em Campinas (SP), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ/USP; Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA); Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG); Museum Nacional d’historie Naturalle (Paris); Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT); Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão (Fapema).

Para mais informações sobre a CZMA, acesse: http://www.czmauema.org//



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