Vice-reitor visita turma de alunos do Curso de Licenciatura Indígena
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 6 de fevereiro de 2017
O vice-reitor Walter Canales visitou, nessa sexta-feira (3), os alunos que estão fazendo o II módulo do Curso de Licenciatura Intercultural para Educação Básica Indígena, no Centro de Treinamento Oásis, na Aurora.
A visita teve como objetivo verificar o andamento do curso e reunir com os estudantes e os representantes da SEDUC, Claudinei de Jesus Rodrigues, Superintendente de Modalidades e Diversidades Educacionais; e Rodrigo Jansen Pereira Verde, Supervisor de Educação Indígena, para discutir sobre as bolsas que eles (alunos) reivindicaram.
O curso objetiva, através da proposta da interculturalidade crítica, alternando saberes em tempos formativos definidos como tempo universidade e tempo comunidade, qualificar professores indígenas que já atuam em suas aldeias a estarem aptos para assumirem seus processos escolares em todos os níveis.
As aulas tiveram início no último dia 23 de janeiro e estendem-se até o próximo sábado, 11 de fevereiro. Contam com três turmas, que compreendem as etnias Guajajara, Krikati, Gavião e Canela, totalizando 82 estudantes.
De acordo com a diretora do curso, Marivânia Furtado, “a realização desta licenciatura intercultural representa a concretização de um sonho há muito acalentado pelos indígenas que hoje, ao estarem inscritos na UEMA, como acadêmicos, demonstram a conquista por espaços mais democráticos no campo do saber. Esse curso representa, também,um esforço coletivo da universidade em garantir o emponderamento desses povos para a efetivação de relações sociais mais simétricas”.
O aluno Magno Guajajara, representante dos estudantes indígenas, disse que a partir do momento em que ingressaram na universidade, um leque de oportunidades se abriu para novos conhecimentos. E, como professores e, agora, acadêmicos, podem estar aprimorando esses conhecimentos e a forma como ensinar seus alunos.
“A UEMA nos proporcionou essa oportunidade, como professores indígenas, e, para isso, estamos aqui estudando para que no futuro, possamos estar fazendo cidadãos intelectuais nas aldeias, uma vez que sabemos que a educação é que transforma a vida social e a realidade de um povo”, esclarece Magno. E concluiu dizendo “Somos índios e podemos ser o que você é sem deixarmos de ser o que somos”.
O curso tem duração de 4 anos e meio, sendo que nos meses de janeiro e fevereiro, os professores são alunos da UEMA, e no período letivo lecionam em suas aldeias.
Os cursistas são oriundos das etnias Tenetehar/Guajajara, Krikati, Kanela e Gavião, e têm suas escolas indígenas nos municípios de Barra do Corda, Grajaú, Jenipapo dos Vieiras, Arame, Amarante, Fernando Falcão e Bom Jardim.
Texto: Alcindo Barros