Governo do Estado e UEMA Implantam Curso de Licenciatura Intercultural para a Educação Básica Indígena
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 25 de maio de 2016
O Governo do Estado, atendendo a uma antiga reivindicação, está implantando, por meio da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), o Curso de Licenciatura Intercultural para a Educação Básica Indígena, destinado a professores indígenas com nível médio, que irá funcionar sob a coordenação da professora Marivânia Leonor Souza Furtado, do Departamento de Ciências Sociais da UEMA.
O Curso visa formar e habilitar professores indígenas em Licenciatura Intercultural, para atender às comunidades nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. Poderão se inscrever no Processo Seletivo Específico e Diferenciado, candidatos com nível médio ou equivalente, que sejam indicados pelas comunidades e que já estejam assumindo os processos de escolarização em suas aldeias.
As inscrições serão realizadas no período de 30 de maio a 03 de junho, e os interessados deverão apresentar os seguintes documentos: Requerimento de inscrição devidamente preenchido e sem rasuras; Diploma, certificado de conclusão do Ensino Médio ou magistério indígena (original e cópia) ou original da declaração de conclusão do Ensino Médio em escolas indígenas ou magistério indígena; Histórico escolar do Ensino Médio-Magistério indígena (original e cópia); Declaração de indicação da comunidade indígena, devidamente assinada pelo cacique e pela direção da escola que o candidato está vinculado; cópia e original do documento de identidade; cópia e original do CPF; e duas fotos 3×4 de frente (recentes, idênticas e datadas).
O Curso, que tem duração de 4 anos e meio, oferece 90 vagas, distribuídas em 2 troncos linguísticos: 70 para povos de língua Tupi e 20 para povos de língua Macro-Jê, e será realizado somente no período das férias. As aulas terão início no dia 25 de julho, no Campus da UEMA,
As provas para o curso serão aplicadas exclusivamente nos municípios de Barra do Corda, Imperatriz e Santa Inês. De acordo com o Edital, não serão aceitos como documentos de identificação, Certidão de Nascimento ou de Casamento, Título Eleitoral, Carteira Nacional de Habilitação (modelo antigo), Carteira Estudantil, Carteiras Funcionais sem valor de identidade, bem como documentos ilegíveis, não identificáveis e danificados.
O candidato deverá comparecer ao local de prova com antecedência mínima de uma hora, portando obrigatória e exclusivamente documento de identificação original e caneta esferográfica transparente de tinta azul ou preta, escrita grossa.
A professora Marivânia Furtado aponta que, dentre as políticas específicas a que os povos indígenas têm direitos, a educação escolar, manifesta-se como uma das principais reivindicações. “Este projeto surge, portanto, da demanda apresentada pelos indígenas em fóruns específicos, e tem na participação de especialistas, gestores e cidadãos comprometidos com os direitos dos povos indígenas, uma resposta positiva ao chamado histórico para uma reparação de direitos já pactuados”, disse.
Texto: Alcindo Barros
Arte: Cacau