Alunos de Química do Programa Ensinar vivenciam aula de campo em comunidade quilombola


Por em 10 de dezembro de 2024



Os alunos do curso de Química do Polo Governador Nunes Freire do Programa Ensinar/Uema participaram de uma aula de campo enriquecedora na comunidade quilombola Pau Pombo, localizada em Santa Helena-MA. A atividade fez parte da disciplina Metodologia Científica, ministrada pelo professor Sérgio Roberto, e proporcionou uma experiência transformadora ao conectar os estudantes com a rica cultura e tradições do povo quilombola.

O momento incluiu uma roda de conversa, em que os moradores compartilharam histórias, costumes e o cotidiano da comunidade. Os alunos tiveram a oportunidade de fazer perguntas e aprofundar seus conhecimentos sobre a realidade quilombola, ampliando o olhar crítico e cultural.

Leidiane Pinho, aluna do curso, relatou com entusiasmo os aprendizados adquiridos durante a visita. “Tivemos a oportunidade de aprender sobre a rica cultura dos quilombolas, que preserva tradições e práticas desde a época da escravidão. Um dos aspectos mais marcantes é o uso de medicamentos naturais. Eles produzem seus próprios remédios a partir de ervas e plantas nativas, como chás para tratar dores comuns. Além disso, exploramos celebrações como o Memorando, uma festa em outubro que homenageia a libertação dos escravos. Durante a celebração, a ‘matação’ do boi simboliza solidariedade e reforça os laços comunitários. Também aprendemos sobre a importância do território quilombola, que é considerado sagrado e inalienável, garantindo a preservação cultural e identitária”, disse ela.

Para o aluno José Gomes, a visita foi uma experiência enriquecedora tanto no aspecto pessoal quanto profissional. “A visita foi de muita importância para a nossa formação como professores. Lá, fizemos uma troca de culturas, tradições e ensinamentos, e toda a turma saiu beneficiada. Esses aprendizados serão aplicados futuramente por nós, futuros educadores”, destacou.

A experiência proporcionou aos estudantes do Programa Ensinar um contato direto com saberes tradicionais e uma reflexão sobre o papel da educação na valorização e preservação das culturas quilombolas. Atividades como essa reforçam a importância da integração entre a ciência, a educação e o reconhecimento das diversidades culturais.

Por: Paula Lima



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