Diretor de Química do Programa Ensinar da Uema publica artigo em periódico internacional


Por em 30 de setembro de 2024



Em um esforço para mitigar os impactos ambientais do óxido nitroso (N2O), um gás tóxico e potente gás de efeito estufa, pesquisadores da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) publicaram um estudo inovador na renomada revista internacional Sensors and Actuators: A. Physical, classificada como A1 no Qualis CAPES. O artigo intitulado “DFT study of TM (Sc – Zn) modified B12N12 nanocage as sensor for N2O gas selective detection” explora o potencial de nanogaiolas B12N12 modificadas com metais de transição (TM) como sensores seletivos para a detecção de N2O.

O estudo, realizado pelos professores Dr. Adilson Luís Pereira Silva (Diretor do Curso de Química do Programa Ensinar/Uema), Me. Natanael de Sousa Sousa, Me. Wellington da Conceição Lobato do Nascimento e orientado pelo saudoso professor Dr. Jaldyr de Jesus Gomes Varela Júnior (in memorian), foi publicado em 30 de agosto de 2024 e está acessível AQUI.

A pesquisa utilizou cálculos baseados na Teoria do Funcional da Densidade (DFT) para investigar a adsorção de N2O em nanogaiolas B12N12 puras e modificadas com metais de transição, como cobre (Cu). Os resultados revelaram que a nanogaiola Cu@B12N12 foi particularmente eficaz, apresentando maior sensibilidade e capacidade de detecção seletiva do N2O, mesmo na presença de outros gases atmosféricos como CO2, H2S, H2O, N2, CH4 e H2.

“É com grande satisfação que compartilho mais uma publicação revelando que nanogaiolas B12N12 modificadas apresentam-se como uma possibilidade teórica interessante para a confecção de sensores seletivos de gases tóxicos. Verificamos, por meio dos cálculos utilizando a Teoria do Funcional da Densidade – DFT, que a estrutura Cu@B12N12 (com cobre encapsulado) mostrou-se como a mais ativa para a detecção seletiva do óxido nitroso (N2O), que é um gás tóxico de efeitos ambientais preocupantes, além de seu papel como gás de efeito estufa,” destacou o Prof. Dr. Adilson Pereira.

Além de detectar seletivamente o N2O, a nanogaiola Cu@B12N12 também demonstrou alta sensibilidade, sendo mais eficaz que outras estruturas similares já documentadas na literatura especializada. “Vale destacar que os resultados obtidos revelaram que a nanogaiola Cu@B12N12 (com cobre encapsulado) foi capaz de detectar seletivamente o N2O na presença dos gases atmosféricos CO2, H2S, H2O, N2, CH4 e H2, bem como sob efeito da umidade,” acrescentou.

Essa publicação ressalta a importância de tecnologias avançadas de detecção e captura de N2O, contribuindo significativamente para o desenvolvimento de sensores químicos que podem ser essenciais na luta contra as mudanças climáticas e na preservação ambiental.

Por: Paula Lima



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