Doutorado em Geografia da Uema ganha reconhecimento internacional com pesquisa sobre Quebradeiras de Coco Babaçu


Por em 1 de outubro de 2024



                                           

A primeira turma de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Natureza e Dinâmica do Espaço (PPGeo) da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) já começa a render bons frutos e voos internacionais.

As discentes Laíse Frasão e Maria José Matos Rodrigues Garcia apresentaram presencialmente o trabalho “Território-rede e o Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB)” no evento II Jornadas Turismo, Comunidad y Ruralidad, ocorrido em Bernal – Buenos Aires/Argentina, mais especificamente no Campus da Universidade Nacional de Quilmes (UNQ), entre os dias 25 a 27 de setembro de 2024.

A conferência, que transcorreu em formato bimodal (on-line e presencial), foi organizada por um coletivo científico-colaborativo, o “Colectivo de Turismo, Comunidades y Ruralidad”, que abarca percursos de investigação, formação e extensão envolvendo equipes técnicas e universitárias das seguintes instituições: Universidad Nacional de Quilmes (UNQ); Instituto de Investigaciones en Turismo de la Facultad de Ciencias Económicas de la Universidad Nacional de La Plata (UNLP); Centro de Estudio de Turismo, Recreación e Interpretación del Patrimonio (CETRIP) de la Facultad de Turismo de la Universidad Nacional del Comahue (UNComa) de Neuquén; Universidad Nacional de Tres de Febrero (UNTREF Virtual); Laboratorio de Turismo y Desarrollo de la Facultad de Humanidades de la Universidad Nacional de Jujuy; Universidad de Buenos Aires (UBA) ; Universidad Nacional de Chilecito; e Fundación Buenavida y la Red Argentina de Turismo Rural Comunitario (RATurC).

“Vivenciar tamanha transdisciplinaridade e compartilhar inquietudes e experiências de resistência no âmbito das mesas temáticas foi algo enriquecedor e inesquecível! Dialogar sobre decolonialidade e resistências nos territórios tradicionais estudados em nossas pesquisas de doutorado, interliga objetivos que visam transformar estruturas de poder coloniais que ainda persistem nas sociedades contemporâneas”, disse Maria José Garcia.

Além da apresentação, as pesquisadoras em questão expuseram uma variedade de produtos elaborados pelas quebradeiras de coco babaçu, dentre eles: artesanato, biojóias, mesocarpo (farinha), azeite e cosméticos

“Apresentar um trabalho acerca de mulheres vinculadas à terra, à mãe-palmeira, territórios e práticas tradicionais ancestrais em um país latino-americano que, conforme menciona o historiador Felipe Pigna, praticou verazmente uma manipulação historiográfica quase canônica, ainda mais densa e institucionalizada do que no Brasil, onde a contribuição e presença de mulheres, povos originários e afrodescendentes não tem espaço, foi uma experiência potente e contra-colonial. Ademais, aproximar as categorias analíticas geográficas à prática de luta pela terra representa um caminho metodológico rizomático que nos impulsiona”, enfatizou Laíse Frasão.



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