Projeto de extensão da Uema chama atenção para aves amazônicas ameaçadas de extinção


Por em 25 de julho de 2024



                                                       

O projeto de extensão “Batendo Asas”, realizado pela Universidade Estadual do Maranhão, em São Luís e Zé Doca, sob a coordenação da Profa. Dra. Flor Maria Guedes Las-Casas, com a participação de estudantes da graduação em Biologia bacharelado e licenciatura nos dois Campi e, ainda, alunos da pós-graduação identificou várias espécies de aves ameaçadas de extinção.

O trabalho tem como objetivo principal desenvolver ações que busque conscientizar sobre a importância da conservação da avifauna e suas principais ameaças, fortalecendo o combate às práticas ilegais de captura, domesticação e comércio das aves, em especial as contempladas no Plano de Ação para a Conservação das Aves da Amazônia (PAN).

Durante os estudos, que tiveram início em 2022, são realizadas palestras de conscientização sobre o universo ambiental de forma presenciais em escolas da educação básica no município de Zé Doca, e, em parceria com a Superintendência de Gestão Ambiental (AGA-Uema), que recebe estudantes de escolas públicas do ensino fundamental e médio no Campus Paulo VI. Além disso, o projeto conta com o apoio da SAVE Brasil nas saídas para observação desses animais.

                                                       

Ainda dentro do planejamento e execução das atividades, a equipe desenvolve palestras online, com ornitólogos e especialistas para o aprofundamento das discussões na área de conservação e educação ambiental.

A professora Flor Maria disse que a iniciativa visa, sobretudo, discutir com a população em geral temas que venham conscientizar as pessoas sobre a importância de uma convivência pacífica entre homens e animais. No caso da população jovem, em situação escolar, a intenção é torná-la agente de informação em favor da preservação da biodiversidade.

A professora esclarece que o contato com este público acontece por meio de palestras e atividades lúdicas, onde são estimulados a demonstrarem o seu conhecimento sobre a avifauna e a percepção ambiental, através da realização de desenhos das espécies,  imitação (comportamento e sons), além de conteúdos teóricos didáticos sobre ecologia de aves e do meio ambiente.

                                                       

“Nossso trabalho, pretende, ainda, criar um programa permanente que alcance outros campi da Uema, para promover ações de conservação e colocá-las à disposição das autoridades competentes (governo e iniciativa privada) no sentido de despertá-las para que tomem as providências necessárias”, sinaliza Flor.

Para registrar as visitas de campo, o grupo preparou um documento relatando que a educação ambiental emerge como uma estratégia de conservação que estabelece sinergias, criando espaços propícios para a convergência entre cientistas, tomadores de decisões, membros das comunidades e outros atores interessados.

                                                       

A prioridade é disseminar o conhecimento, a experiência, os valores e as práticas locais, frequentemente em contextos regionais, promovendo a participação ativa de diversos grupos, inclusive aqueles que podem ser marginalizados na interação produtiva com a pesquisa.

Flor Maria finaliza explica que a educação torna-se indispensável, pois consiste em um processo pelo qual o educando começa a obter conhecimentos, onde passa ter uma nova visão sobre o meio ambiente. Dessa forma, é considerada uma das ferramentas mais apropriadas no processo do desenvolvimento progressivo para um senso comum de preocupação com o meio onde vive.

Segundo estudos, o Brasil é o país com a maior diversidade biológica do mundo […] E, se tratando da avifauna, o país contribui com cerca de 19% da biodiversidade mundial, no entanto, possui o maior número de espécies ameaçadas.

                                                       

Por que as aves? Primeiramente, as aves estão presentes em todos os Biomas, ocupam diferentes nichos ecológicos e são consideradas excepcionais como indicadores da diversidade dos ecossistemas…(Vielliard et al., 2010).

O projeto realizado pela professora Flor Maria tem o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis (Proexae), por meio dos Editais Mais Extesão (2022 – 2024) e Pibex (2022 – 2023 e 2023 – 2025).

 

Por Alcindo Barros

Fotos dos Pesquisadores

 



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