Uema realiza evento para comemorar o Dia Internacional da Mulher


Por em 8 de março de 2024



                                           

A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) promoveu, na manhã desta sexta-feira, 8, no auditório do Uemanet, um Encontro de Mulheres, com o tema “Mulheres: lutas, conquista e resiliência”, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, sob a coordenação das professoras Kátia Santos – gestora da Biblioteca Central, e Cristiane Gaspar – coordenadora da Divisão de Protocolo e Arquivo.

O evento, que contou com o apoio das Pró-Reitorias Proexae, Progep, Proplad, Proinfra, Prog e participação da Agência Marandu, teve como objetivo despertar a comunidade universitária para uma reflexão sobre as lutas e conquistas das mulheres, principalmente por igualdade e respeito, bem como chamar a atenção para a relevância da universidade no processo de construção de uma sociedade mais justa e sem violência.

                                           

O encontro buscou, ainda, mostrar a importância da mulher em uma sociedade harmônica. Em 2023, por exemplo, um ano difícil, foram contabilizados, apenas no Maranhão, 50 feminicídios e mais de 18 mil casos de violência contra a mulher.

Para o reitor Walter Canales, hoje é um dia importante, mas objeto de muita reflexão sobre as conquistas alcançadas pelas mulheres, o respeito às colegas, às esposas, às mães, às filhas, e tudo que elas ainda precisam alcançar; o respeito à convivência nos diversos patamares dos relacionamentos. “Todos nós temos sim, que reverenciar às mulheres, com a missão de colocá-las no local adequado da sociedade, porque ao lados dos homens elas executam tarefas com profundo reconhecimento e, sem dúvida, o que mais nos envergonha é a violência contra elas e à diversidade de gênero”, disse o professor.

                                           

 

Conforme explica a presidente do Comitê de Prevenção e Combate à Violência de Gênero, professora Neuzeli Pinto, a Uema é pioneira no Maranhão na criação de políticas de prevenção e combate à violência de gênero dentro da universidade, e a segunda universidade a implantar uma lei dessa natureza no nordeste. “Com isso, podemos nos considerar na vanguarda da construção dessas políticas dentro da instituição. E no dia de hoje, 8 de março, apresentar o Comité, suas propostas, seus objetivos e seus resultados é um avanço para a academia e, ao mesmo tempo, um desafio pensarmos como devemos promover ainda mais as mulheres para que vivam com qualidade de vida sem violência e sem assédio”, ressalta.

O psicólogo e professor da Uema, Marlon Aguiar, que ministrou uma das palestras destacou, na oportunidade, o tema “Saúde mental”, que para ele é muito importante e faz-se necessário o “ser” feminino ser extremamente resiliente diante das adversidades que enfrenta, não só a questão de gênero, mas as lutas e conquistas que até então as mulheres vêm impoderando com grande esforço. “A mulher lutou muito desde as décadas de 1960 e 1970, quando houve a criação da data de 8 de março nos EUA, comemorada até os dias atuais. Foi uma gigantesca luta e, agora, observamos outro cenário após a pandemia, que não existe pós pandemia, mas um cuidado que precisamos manter, não só as mulheres, mas também os homens”, pontua Marlon

                                           

De acordo com a professora da Uema e diretora do Centro Estadual de Referência à Mulher Negra, vinculado à Secretaria de Estado da Mulher, hoje a classe tem muito a comemorar por todas as conquistas, mas além disso, é necessário que as mulheres sejam chamadas para uma reflexão da vida e das condições enquanto mulher, sem esquecer de fazer um recorte, porque segundo ela, se o assunto é a mulher, precisa-se saber de que mulher se fala. “Se esse tema é direcionado às mulheres pretas, observa-se que, se existe desigualdade entre homens e mulheres, entre mulheres não negras e mulheres negras também existe. E é nesse contexto que devemos fomentar políticas públicas voltadas para as mulheres com mais avanços e conquistas”, relata a professora.

                                           

O Dia Internacional das Mulheres é celebrado em todo o mundo em 8 de março. Comemorado pela Organização das Nações Unidas pela primeira vez em 1975 e oficialmente adotada pela entidade em 1977, a data foi resultado de anos de luta por igualdade de gênero e contra qualquer tipo de violência e discriminação. No Brasil, essa resistência também ocorreu e ainda ocorre em diversas frentes.

Por Alcindo Barros

Fotos: Rafael Carvalho

 

 



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