Professor da Uema é destaque na Revista da FAPESP por pesquisa sobre Gatos-do-Mato


Por em 12 de março de 2024



                 

O trabalho e a dedicação à conservação da vida selvagem renderam destaque ao professor Tadeu de Oliveira, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), nas páginas da revista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Sua pesquisa sobre os gatos-do-mato dos Andes e da América Central revelou descobertas fundamentais que têm impacto direto na preservação dessas espécies ameaçadas de extinção.

Enquanto para muitos os gatos-do-mato podem parecer similares à primeira vista, para o biólogo Tadeu de Oliveira, cada detalhe revela nuances significativas. Utilizando uma combinação de técnicas, que vão desde análises de armadilhas fotográficas até estudos morfológicos e geográficos, Oliveira e sua equipe redesenharam os limites conceituais e geográficos da espécie Leopardus tigrinus. Os resultados desses esforços foram recentemente publicados na respeitada revista Scientific Reports.

Professor Tadeu de Oliveira defende a importância de transformar a ciência em prática. “Proteger espécies como L. tigrinus e L. guttulus tornou-se uma missão de vida”, afirma ele. Para isso, ele integra a Tiger Cat Conservation Initiative (TCCI), uma organização não governamental que propõe ações de conservação, incluindo campanhas de vacinação para combater doenças transmitidas por cães domésticos que afetam os gatos-do-mato.

Devido ao impacto de seu trabalho, professor Tadeu foi convidado para integrar o grupo responsável por revisar a taxonomia dos felídeos para a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Ele planeja corrigir o mapa de distribuição do complexo tigrinus, fundamental para a lista vermelha dos animais ameaçados de extinção. “Fiz o mapa que está lá, e está todo errado: a área é 80% menor do que achávamos”, revela Tadeu de Oliveira. Essas novas divisões terão um impacto significativo nas definições de áreas de preservação, garantindo que cada linhagem felina seja adequadamente protegida.

A pesquisa e o compromisso do pesquisador não apenas ampliam nosso entendimento sobre essas espécies, mas também apontam caminhos importantes para sua sobrevivência em um mundo cada vez mais ameaçado pela perda de habitat e pelas mudanças climáticas.

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Por: Karla Almeida



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