Professoras da UEMA realizam pesquisa sobre a resistência da tecnologia BT no milho utilizada no Cerrado Maranhense
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 14 de junho de 2023
O uso de plantas transgênicas, o milho Bt, é um método de controle que ganhou expressividade na cultura do milho. Porém, existem relatos de que a eficiência dessa tecnologia está sendo perdida, pela ameaça da perda da eficiência das plantas Bt a qual tem sido a evolução da resistência em populações de pragas-alvo de controle, como em Spodoptera frugiperda, que é considerada uma das pragas que apresenta maior risco de resistência.
Pensando nisso, a pesquisadora Dra.Cynara Moura de Oliveira, sob a supervisão da Profa Dra.Solange Maria de França, ambas da Universidade Estadual do Maranhão, Campus Balsas, realiza pesquisa sobre a resistência da tecnologia BT no milho utilizado no Cerrado Maranhense.
Apesar da crescente área agrícola no Cerrado Maranhense e dos plantios de sucessão de milho e soja, são inexistentes estudos sobre o cenário da resistência de S. frugiperda aos eventos de tecnologias Bt utilizados no Cerrado, bem como sobre quais inimigos naturais que ocorrem na região que possam ser utilizados no controle biológico dessa praga.
Sendo assim, a pesquisa tem como objetivo monitorar a resistência da tecnologia Bt no milho utilizada no Cerrado Maranhense, realizar a identificação dos inimigos naturais de S. frugiperda que ocorram no Cerrado do Maranhão, que possa ser utilizado no manejo desta praga.
“A pesquisa desenvolvida, além de gerar ciência e tecnologia, fortalece a relação produtor/universidade e insere o Maranhão nas pesquisas sobre monitoramento de resistência de milho Bt a lagarta do cartucho que até o momento eram inexistentes”, explicou a professora Solange França.
De acordo com Cynara, os resultados obtidos a partir destes estudos servirão para nortear o correto manejo de resistência de milho Bt e implementação do controle biológico associado à resistência de plantas, sendo então mais uma ferramenta ao manejo de pragas na cultura do milho.
“Além disso, vai gerar informações eficazes aos produtores da região, comunidade científica e disseminar em programas de extensão rural, principalmente para os agricultores através de palestras e cartilhas informativas. Como também terá importância ao treinamento de profissionais que serão multiplicadores de conhecimento, onde estarão no mercado de trabalho e também preparar futuros pós-graduados nesta mesma linha de pesquisa”, destacou ela.
Por Paula Lima