Diretor Executivo da Agência Marandu de Inovação da UEMA realiza palestra no Campus Caxias


Por em 22 de março de 2023



                                       

Na segunda, dia 20, o Diretor Executivo da Agência Marandu – Agência UEMA de Inovação, Empreendedorismo e Relações Institucionais, Prof. Dr. Roberto Serra, proferiu uma palestra no Auditório Leôncio Magno, do Campus Caxias. O objetivo do encontro – denominado Meetup Marandu – foi dar uma visão para a comunidade universitária sobre a pauta de trabalho da agência, focada especialmente nestes 3 eixos. Também apontou algumas ações que têm intersecção com a agenda de todos os Centros, especialmente no que diz respeito à participação de professores e alunos em editais como o PIBITI, por exemplo, (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação).

O Professor Roberto citou um edital sobre a Jornada de Empreendedorismo Inovador que envolverá a comunidade universitária. Ele enumerou alternativas para a captação de recursos a partir de uma vitrine tecnológica que absorveria todas as ações potenciais da universidade que podem ser aplicadas no mercado. Isso serve para despertar os universitários.

O palestrante falou: “A inovação, o empreendedorismo e as relações institucionais precisam fazer parte da pauta acadêmica. Isso deve ser feito em toda a estrutura da universidade. Queremos que vocês representem a Marandu de alguma forma quando realizam uma ação, uma pesquisa que gera um invento, e depois uma patente e daí uma transferência de tecnologia rentável. Não há desenvolvimento sem a conjugação de esforços entre a Academia, os governos e o mercado. Olhemos para a nossa realidade como Academia e avaliemos em que medida estamos conversando com o setor produtivo e quanto identificamos as expectativas do mercado sobre os profissionais que estamos formando”, explicou.

                                     

De acordo com ele, por muito tempo, falar de mercado, empresa, dentro das universidades, era algo ofensivo. Principalmente numa universidade pública, não se cogitava dialogar com as empresas. Muitos esquecem que os alunos fazem cursos nessas universidades graças aos impostos pagos por elas.  Os que se formam na UEMA e outras universidades estão indo para o setor produtivo. O paradigma de que a universidade é somente ensino, pesquisa e extensão deve ser redimensionado. Ela também é fincada na inovação, empreendedorismo, internacionalização e sustentabilidade. Se tiramos um desses elementos ela fica deficitária”, destacou.

O celeiro chamado universidade produz conhecimentos que transformam o mundo. As roupas que vestimos, os remédios que consumimos, os óculos que usamos é ciência, conhecimento aplicado, inovação. As empresas criaram setores de pesquisa, inovação e desenvolvimento porque as universidades não direcionavam suas pesquisas para os problemas da humanidade. Quando vemos um mapa de patente intelectual, 99% estão numa universidade ou numa grande empresa. Atualmente a UEMA tem 165 registros de patente e não fez nenhuma transferência de tecnologia. Isso ocorrerá quando alguém se interessar. É possível fazer inovação com pesquisa, o ensino e extensão, isso é transversal. Quem fizer estará na fronteira tecnológica.

O palestrante continuou: “50% das startups brasileiras foram criadas por alunos e professores de cursos de licenciatura. E com alto poder lucrativo. O paradigma de espaço foi rompido. Hoje existe o nômade digital. Em muitos casos as pessoas não precisam mais de sala para trabalhar. De cada R$100,00 reais gastos na UEMA só R$3,46  são de fontes externas”, informou.

O professor falou sobre o Programa Natus UEMA, que pretende reunir todos os ex-alunos da instituição que tiveram a oportunidade de empreender e cujo negócio ainda está ativo. Se aplicaram conhecimento, essas empresa têm o DNA da UEMA. É preciso localizar essas pessoas e voltar a se relacionar com elas. Ele perguntou aos professores o que eles fazem bem e a quem interessa o que fazem. Todos eles poderão expor numa Vitrine Tecnológica e as pessoas saberão como funciona o que está exposto. Será a primeira grande ação de interlocução da universidade com o seu entorno. Um mapeamento mostrou o potencial que a universidade dispõe e não é conhecido e é preciso compreender as oportunidades à nossa volta. A Vitrine Tecnológica dará visibilidade ao que é pesquisado na universidade.

Os professores podem aderir ao Edital da Bolsa PIBIT e chamar seus alunos para desenvolverem um projeto de intervenção que tenha associação com a inovação tecnológica.

Dando prosseguimento, ele se direcionou aos alunos: “Vocês estão aqui para entender uma mensagem que pode mudar sua vida. Reflitam sobre quem são vocês nessa história. Se situem. Quem serão vocês daqui a 10 anos e onde estarão? Se conseguirem isso, estarão a um passo da realização. O que há em comum entre pessoas de sucesso de diferentes áreas é que, quando jovens, estabeleceram objetivos para suas vidas”, enfatizou.

                                         

Ele propôs que participem da primeira grande experiência da UEMA de imersão numa agenda no empreendedorismo alcançando todos os campi. É uma jornada de empreendedorismo inovador. Serão formadas equipes com 5 integrantes (com pelo menos 1 aluno do 1º período, 1 de um curso à distância ou de programas especiais e pelo menos 2 alunos de cursos diferentes). Isso cria uma visão multidisciplinar para ampliar as visões de mundo. Numa jornada de 3 meses, as equipes serão desafiadas. Localizarão problemas e encontrarão uma ideia aplicável, uma solução real para resolvê-lo. Haverá uma mentoria online.

A pretensão é formar um grupo capaz de olhar o mundo, identificar seus problemas e apontar soluções.

“Essa jornada de ideação (ou Pré-incubação) cria as bases para outra etapa. Queremos lançar um edital para a chamada de incubação de startups. Vocês são os potenciais novos donos de startups”, finalizou.

Por: Emanuel Pereira

 



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