Objetivos para Desenvolvimento Sustentável são apresentados no Campus Caxias
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 1 de dezembro de 2022
Na quarta, 30 de novembro, foi apresentado, de maneira híbrida, no Auditório do Campus Caxias, um trabalho de divulgação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) denominado “Uma bússola para os planejamentos”. Nessa etapa, além de Caxias, as cidades de São Luís, São José de Ribamar, Imperatriz e Timon foram escolhidas. Estavam presentes, além de professores e acadêmicos, alunos do Ensino Médio do colégio Inácio Passarinho, uma escola pública. O mediador do evento foi o professor Carlos Alexandre Ribeiro, da Secretaria de Educação do Estado (SEDUC).
Foram exibidas em um telão quatro palestras tratando dos seguintes ODS: 4 (Educação de qualidade); 8 (trabalho decente e crescimento econômico); 11(cidades sustentáveis) e 17 (fortalecer os meios de implementação do Desenvolvimento Sustentável). Este último é um trabalho de parcerias.
Sobre Educação de Qualidade, Luís Câmara explicou que ela é essencial para transformar as pessoas: “É preciso trabalhar a ideia de um currículo amplo. Nesse 4º objetivo, não basta apenas ofertar Educação. É preciso assegurar que os estudantes recebam educação de qualidade. Os indicadores devem se adequar à realidade de cada município”, disse. Até 2030, uma das metas que constam desse ODS é aumentar de maneira significativa o número de jovens e adultos com habilidades, inclusive competências técnicas e profissionais, para emprego, trabalho decente e empreendedorismo.
O ODS 8 foi exposto pelo palestrante Carlos Alexandre: “Trabalho decente é um direito ao trabalho produtivo de qualidade para o cidadão. Isso leva à liberdade, igualdade, segurança e dignidade da pessoa”. Uma das metas estabelecidas pelas Nações Unidas nesse quesito é atingir níveis mais elevados de produtividade, por meio da diversificação, modernização tecnológica e inovação. No Brasil, deve ser acrescentado a qualificação do trabalhador, gestão, com focos em setores intensivos de mão-de-obra.
O agrônomo Fernando Trinta, assessor especial da SEDUC, palestrou sobre o ODS 11: “Há transporte para todos? Será que o deslocamento hoje é o adequado? E como está a acessibilidade?” perguntou. Um dos pontos desse ODS é, até 2030, proporcionar acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, sustentáveis e a preço justo. As pessoas e a situação de vulnerabilidade devem receber atenção especial. De acordo com ele, outra questão referente a cidades sustentáveis é fazer um trabalho de prevenção contra situações desastrosas (enchentes, deslizamentos, etc). Ele lembrou que deve existir rede de esgoto, arborização suficiente e destinação correta dos resíduos sólidos. Sobre as medidas a tomar, ele ressaltou que os planejamentos devem ter uma bússola e também um prazo.
As parcerias em prol das metas (ODS 17) foi apresentada pelo advogado Sálvio Dino: “Todos esses objetivos estão interligados. Não se faz política pública sem recurso público. Deve haver eficácia nas parcerias, elas supõem troca. As ideias devem sair do papel, beneficiando a comunidade. O Censo feito pelo IBGE, por exemplo, é fundamental para uma radiografia da realidade. Existe uma comissão estadual para as ODSs, com as secretarias interagindo. A UEMA entrou oficialmente neste contexto em 2021 e tem feito diversas ações para implementar esses objetivos”. Ele acrescentou que também já existe uma experiência de colaboração com a criação do Fórum Estadual de Educação Ambiental.
Após as palestras, foi desenvolvida uma oficina com os presentes. Foram formados quatro grupos que trocaram opiniões sobre as temáticas trabalhadas. Eles associaram as ODS apresentadas com as ações educacionais da cidade. Também estabeleceram relação dos objetivos sustentáveis com o Plano de Educação Ambiental do Maranhão. Cada grupo ficou encarregado de discutir uma ODS.
Na etapa seguinte, as equipes fizeram uma lista de ações necessárias para melhorar o planejamento dos municípios em relação à Educação Ambiental, Meio Ambiente e Sustentabilidade. Para finalizar, elaboraram propostas para implementação das ODS na cidade e um integrante se posicionava em frente à câmera e apresentava a sugestão aos presentes.
Algumas propostas criadas: criação de hortas dentro das escolas para implementar a variedade da merenda; aplicação de multas a quem causa danos ao meio ambiente; disciplinas que abordem Educação Ambiental nos cursos superiores; projetos de conscientização; investimentos de instituições financeiras em projetos que envolvam as escolas; descartar de modo adequado os resíduos sólidos.
A professora Deuzuíta, integrante da AGA/UEMA Caxias, falou sobre as atividades: “A importância desse evento, apresentado de forma híbrida, em parceria com São Luís, é fundamental. Essa troca de ideias e opiniões são ligadas a ações ambientais e educacionais que podem ser implementadas no município de Caxias. As ações devem ser associadas ao Plano de Educação Ambiental do Maranhão. Vimos ações que devem ser tomadas para melhorar o planejamento dos municípios, seguindo a agenda para 2030”, concluiu.
Por: Emanuel Pereira
