Estudantes do Curso de Engenharia de Pesca participam de experiência embarcada no Navio Ciências do Mar II


Por em 6 de junho de 2022



                                 

No período de 2 a 4 de junho, estudantes do Curso de Engenharia de Pesca da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Campus São Luís participaram de aula prática de Vivência em Navegação e Pesca no Navio de Ensino e Pesquisa Ciências do Mar II.

O Navio Ciências do Mar II é parte do Programa de Experiência Embarcada do Ministério da Educação, em parceria com a  Secretaria da Comissão Interministerial para Recursos do Mar da Marinha do Brasil (CSIRB), e é gerido pela Coordenação Ciências do Mar (CCMAR)  da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

“O Programa Experiência Embarcada congrega várias universidades que tenham cursos na área de ciências marinhas para permitir que os seus alunos possam ter essa experiência prática, na qual eles vivenciam situações reais, inclusive enfrentando o mar”, disse o coordenador do CCMAR, João Luís Batista de Carvalho.

Durante a experiência, os alunos receberam orientações da tripulação do navio sobre instrumentos de navegação, carta náutica impressa e digital, GPS, radares, luzes de sinalização, equipamentos de segurança e procedimentos adotados pela Marinha do Brasil. 

O professor da UEMA, Kaio Lopes, contou que a experiência também compreendia a visitação à ilha de Lençóis, a qual faz parte da Reserva Extrativista Marinha (RESEX) de Cururupu, onde a gestão é feita de modo ímpar para que haja a conservação dos recursos pesqueiros e ambientais, agregando mais conhecimento aos estudantes de Engenharia de Pesca.

“Esse é um momento em que os alunos vivenciam na prática todo o processo de navegar utilizando um navio com equipamentos eletrônicos de primeira linha, tais como as cartas náuticas e equipamentos de traçado da derrota (caminho a ser percorrido durante a viagem). Como a vivência foi de navegação e pesca, navegamos até a Ilha dos Lençóis, em Cururupu, onde eles tiveram a experiência da pesca artesanal, bem como acesso a informações sobre a organização da comunidade local e do processo de criação da RESEX de Cururupu. Basicamente, essa vivência é o encontro de dois mundos: o da academia com a parte técnica e o da comunidade com o conhecimento empírico”, explicou o professor.

Para o estudante Acchilles Ferreira, a vivência é importante na fixação do conhecimento.

“Isso é uma oportunidade única! Eu acho que todos os alunos de Engenharia de Pesca deveriam ter essa experiência, pois o conhecimento que tivemos vai agregar bastante para todos nós. Todo futuro engenheiro de pesca sonha um dia em estar em uma embarcação, ver como funciona e a gente vê coisas que vão além do que tivemos em sala de aula. Por exemplo, eu consegui traçar o percurso e trabalhar com a carta náutica, conhecimento fundamental para navegação”, comentou.  

Na comunidade da Ilha dos Lençóis, o grupo se reuniu com pescadores locais e puderam conversar com  o vice-presidente da RESEX de Cururupu, Lailson James Silva de Araújo, momento para entender mais sobre a dinâmica da comunidade.

“Esse conhecimento que trouxeram para a gente foi muito bom e vai agregar para nós. Uma troca de conhecimento junto com as populações tradicionais e com pescadores. Vou levar para os outros que a gente mesmo tem que se integrar e procurar fazer um levantamento do que produzimos, no mínimo, por maré. Essas informações vão confirmar perante as nossas autoridades o quanto a gente tem de recursos”, disse Lailson Araújo.

   

        

Por Débora Souza



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