“Vendem-se impressos a preços cômodos na cidade do Maranhão”: pesquisadores da UEMA lançam livro na próxima sexta


Por em 28 de junho de 2019




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O professor da Universidade Estadual do Maranhão, Marcelo Cheche Galves e os pesquisadores do Núcleo de Estudos do Maranhão Oitocentista (NEMO) da UEMA, Romário Sampaio Basílio e Lucas Gomes Carvalho Pinto irão lançar o livro “Vendem-se impressos a preços cômodos na cidade do Maranhão”. O evento acontecerá na próxima sexta, 05, às 19h, na Livraria e Espaço Cultural AMEI – São Luís Shopping. A entrada é gratuita.

O livro, que possui Selo UEMA, reúne resultados do projeto de pesquisa Posse, co­mércio e circulação de impressos na cidade de São Luís, desenvol­vido pelo Núcleo de Estudos NEMO, a partir do ano de 2011, sob a coordenação do professor Marcelo Cheche Galves.

A publicação mapea os principais remetentes e destinatários dos impressos que circularam em São Luís nas pri­meiras décadas do Oitocentos, identificando e distinguindo práti­cas comerciais e circulações motivadas por outras razões, como o trânsito de alunos por universidades europeias e o deslocamento, entre Lisboa e São Luís, de funcionários régios, autoridades ecle­siásticas ou de meros súditos, à procura de melhores condições de sobrevivência. Outro escopo do livro é mapear os anúncios referentes ao comércio de impressos nos jornais da cidade de São Luís, à procura por in­formações sobre pontos de venda, livreiros, público-alvo, preços e repercussões sobre os escritos.

Capítulos

Dividido em sete capítulos, o volume é fundamentado em pesquisas desenvolvidas em acervos situados em Lisboa, Rio de Janeiro, São Paulo e São Luís.

O primeiro capítulo tem inspiração em estudos dedicados às políticas de Dom Rodrigo de Sousa Coutinho de difusão do conhecimento científico pelo império. Os autores analisam o funcio­namento da Livraria da Casa do Correio, criada em São Luís em 1799. Nos outros capítulos, o foco recai sobre a atuação de mercadores de livros e a recepção de alguns desses escritos.

A demanda por determinada literatura, por vezes captada pela oferta também é analisada pelos autores. Eles versam sobre as gramáticas e dicionários em circu­lação pelo Maranhão no início do Oitocentos; a produção, difusão e comercialização de literatura política em tempos de Revolução do Porto e; os impressos anunciados em São Luís.

De acordo com o professor Marcelo Cheche, é apresentado ainda o Catálogo dos impressos anunciados em jor­nais ludovicenses (1821-1834), com 126 extratos de anúncios trans­critos a partir da leitura dos 20 jornais impressos em São Luís entre 1821 e 1834. “Localizamos anúncios em dezesseis desses jornais. Há um capítulo de esclarecimentos sobre alguns critérios adotados para sua elaboração (Capítulo 7. Catálogo dos impressos anunciados em jornais ludovicenses (1821-1834): algumas considerações)”, frisou.

Os autores destacam que para melhor leitura dos capítulos e do Catálogo elaboraram oito apêndices. “Há informações importantes desses títulos em circulação, sistematizando informações que possam contribuir para a constituição de um quadro mais amplo dos elementos que com­puseram esse circuito de produção, comercialização/circulação e recepção dos impressos na capitania/província do Maranhão”, concluiu Cheche.

O livro teve financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA  e a pesquisa foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). As bolsas de Iniciação Científicas foram ofertadas pela UEMA, FAPEMA e CNPq.

Por: Walline Alves

Arte: Carlos Augusto



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