Campus Caxias realiza I Congresso de Microbiologia e IV Seminário de Microbiologia Clínica
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 10 de junho de 2019
De 5 a 8 de junho ocorreu no Campus Caxias, no Anexo de Saúde, Memorial da Balaiada e em um hotel, as atividades do I Congresso Maranhense de Microbiologia e do IV Seminário de Microbiologia Clínica do CESC/UEMA. O tema foi “Discutindo a Microbiologia no Contexto da Saúde Pública”. O evento, com palestras, conferências, mesas redondas e oficinas, recebeu o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico no Maranhão (FAPEMA).
A professora Irene Sousa, representando a Diretora do Campus Caxias, Profa. Doutoranda Jordânia Maria Pessoa, disse: ”Agradeço aos congressistas que acreditaram nesse trabalho muito importante do Prof.Dr. Laurindo. É gratificante para a Universidade ter um evento como este. É o começo. Parabenizo os alunos envolvidos e a escolha do tema, que é um desafio para a saúde”.
Um dos palestrantes, que apresentou o tema “Contexto Epidemiológico da Hanseníase no Maranhão”, foi Reagan Nzundu, enfermeiro e Professor Mestre da UFC. “A hanseníase, além de infecciosa, evolui lentamente. Levamos no mínimo sete anos para apresentar sintomas. Ela infecta muitas pessoas mas poucas adoecem. Estamos longe de controlar a doença”, ”explicou.
Alguns minicursos foram ministrados por acadêmicos de mestrado, caso de Anny Karoline Rodrigues; Kellyane Karen Aguiar e Antônio Edmilson Camelo, do Campus Caxias, que falaram sobre “Avaliação do Efeito Antimicrobiano de Extratos Vegetais”.
A qualidade da água foi o assunto tratado na conferência ”Toxicidade de Cianobactérias e suas implicações na qualidade da água” com a Profa. Me. em Biologia Microbiana Mayara Oliveira Sousa (IFMA): “Confirmar que uma intoxicação ocorreu por contaminação com cianotoxinas não é fácil porque muitos sintomas podem aparecer dias depois e você pensa que foi outra coisa, pois se confundem com os de outras enfermidades . Quem teve uma lesão na pele ou um problema nos olhos após ir num balneário, acha que é uma micose, mas pode ser uma cianobactéria tóxica”.
Entre os diversos assuntos abordados podem ser citados: “Uso de Bactérias no Controle Biológico de Vetores de Doenças”; “Segurança do Paciente” e “Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos”.
Mais de 600 pessoas se inscreveram no Congresso, como Denize Gomes, do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), de Codó: “Achei interessante e esclarecedor o que foi tratado sobre diversas doenças, seus sintomas e tratamentos. Para um 1º congresso tenho elogios. Creio que nos próximos será melhor”, espera. Outro participante foi Pedro Gerônimo, de São Luís: “O evento ajuda estudantes e profissionais a se aperfeiçoarem na Microbiologia, uma área que tem crescido muito, principalmente em relação ao estudo de doenças e à resistência das bactérias aos medicamentos”.
O coordenador do evento, Prof. Dr. Francisco Laurindo da Silva, falou sobre as atividades: “Na verdade tivemos outros eventos realizados no CESC/UEMA. Esse Congresso de Microbiologia proporciona um estudo mais aprofundado, principalmente com o que se relaciona à saúde pública. São vários minicursos e palestras com pessoas altamente capacitadas. Quem ganha com isso é o alunado que participa conosco”.
No encerramento a Profa. Me. Francilene de Sousa Vieira falou sobre a entrega de prêmios: “Devido à alta qualidade dos trabalhos apresentados decidiu-se premiar o primeiro colocado e dar o prêmio de segundo colocado para dois trabalhos. Também por causa das altas notas resolvemos fazer menções honrosas”.
Durante o Congresso 232 trabalhos foram avaliados por 35 pessoas e 190 foram aprovados. Foram entregues cinco certificados de menção honrosa.
Menções honrosas:
– “Série Histórica da Leshmaniose Visceral Canina em um município do Maranhão de 2004 a 2018”; “Diagnóstico Laboratorial para o Vírus da Raiva em Morcegos da Família Molossidae”; “Habilidade Para Adesão em Catéter Versical por Linhagens Bacterianas Padrão”; “Assistência de Saúde Prestada a Paciente com Leishmaniose Visceral em um Município do Leste Maranhense”; “Contagem de Bactérias Mesófilas Estafilococos Coagulados Positivos em Amostra de Peixe do Mercado Municipal de Santo Amaro, Maranhão”
2º lugar – “Índice de Infestação Predial por Aedes Aegypti em um município maranhense de 2014 a 2018” e “Avaliação do Potencial Nocivo de Salmonela em alimentos: uma revisão bibliográfica”
1º lugar – “Análise Microbiológica de Condimentos Comercializados em um Mercado na Cidade de São Luís, Maranhão”.
Por Emanuel Pereira