Calouros de Medicina participam da Cerimônia do Jaleco no Campus Caxias
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 15 de março de 2019
Na noite de quinta (14/03), os novos alunos do Curso de Medicina da UEMA Caxias foram recepcionados no Auditório Leôncio Magno, no Campus Caxias. Cerca de 45 calouros, que formam a turma 17 do Curso, participaram da 5ª edição da Cerimônia do Jaleco.
Os mestres de cerimônia leram uma mensagem: “Ao longo da jornada na Academia de Medicina, deve-se buscar, além do conhecimento técnico, a inteligência emocional e a auto confiança pois, em um momento de dor e sofrimento, nós seremos o suporte e a fortaleza para aquele que está em nossos cuidados. Nesse sentido, o jaleco será, para vocês, além de uma mera ferramenta de trabalho; este uniforme remete uma enorme carga sentimental, carregando a tradição e competência dos que vieram antes de nós”.
O tema abordado nas falas foi a saúde mental dos acadêmicos e profissionais de Medicina.
O Dr. Giancarlo Lima, professor do Curso, disse: “Esperamos que vocês não percam essa energia, essa vontade de aprender. É uma profissão de dedicação ao próximo, ao sofrimento alheio. Trabalhamos vendo pessoas com problemas e isso nos traz stress. E acabamos se envolvendo. Se você não se envolve, não é médico. O médico possui essa empatia, de sentir o sofrimento do outro. Sobre a saúde mental, pesquisei dados e vi que 30% dos estudantes no Brasil têm transtornos psicológicos. Isso acontece porque os alunos se angustiam; é um curso difícil. Vocês vão se deparar com coisas muito novas, diferentes”.
A professora Maria Claudene Barros, que também leciona no Curso, representou a Diretora do Centro, Professora Jordânia Pessoa: “Desejo boas vindas a vocês. Sintam a UEMA como a casa de vocês. Vivam a universidade. Vocês têm que ir além do papel de estudantes. Aqui inicia-se a pesquisa e o contato direto com a população. Vão aprender a viver com outro tipo de família. As angústias são muitas, por causa das responsabilidades que surgirão. Na nossa escolha precisamos fazer o melhor, e para isso precisamos nos dedicar”, concluiu.
A acadêmica do 7º período, Marcela Lopes (pré interna), falou sobre o que é ser UEMA: “Nos meus primeiros períodos eu dormia e acordava ansiosa para conquistar alguma coisa aqui dentro. Quando vi, estava perdida diante de tanta responsabilidade extra curricular acumulada com os deveres da grade curricular. Digo para serem pacientes e irem aos poucos. A saúde mental do ueminiano está relacionada a isso e também à nova família formada aqui. Desenvolvam o melhor núcleo de amigos. Nele encontramos conforto, altruísmo e apoio. Que vestir o jaleco seja a transformação de vocês em profissionais responsáveis, humanos e corajosos. Amem a universidade de vocês. Aqui crescerão muito mais do que possam imaginar. Vocês são a UEMA, tenham orgulho dela”.
A representante do Centro Acadêmico, Indira Odete se pronunciou: ”Cito a frase do romano Sêneca, ‘viver é lutar”. Acho que ela resume a vida de muitos até esse momento. O pré-vestibular, a incerteza da aprovação, a cobrança. A luta não acaba, sempre haverá desafios. Quando fazíamos a visita ao Laboratório de Anatomia com vocês lembrei da minha vez, do impacto que tive. São experiências que ficam. Aproveitem. Porém, vão aparecer problemas, como a distância da família. O que me conforta é que aqui é uma família, todos se importam com você. Então divirtam-se. A Medicina exige que você esteja bem consigo mesmo. Nossa rotina é exaustiva, não podemos ‘deixar pra lá’ um assunto. O estudante de Medicina se cobra muito, justamente por cuidar da vida humana. Não façam metas inalcançáveis. A gente ama vocês, mesmo conhecendo pouco. Contem com a gente”.
A acadêmica Maria Ellen Araújo Silva falou sobre medicina humanizada em nome da IFMSA (Federação Internacional dos Estudantes de Medicina): ”Gostaria que vocês participassem dos eventos patrocinados pela Federação. Nosso lema é ‘estudantes de Medicina que fazem a diferença’. Não há um manual para isso. Hoje vivemos no modo automático devido à rotina que nos é proposta, às várias metas que nos impomos e na universidade não é diferente. Às vezes negligenciamos coisas importantes para nossa formação como médicos. Temos que sair de nossa zona de conforto e buscar a empatia, como disse Dr. Giancarlo. A Federação oferece isso. Às vezes um abraço em um conhecido ou não é gratificante na nossa formação”.
João Siqueira, integrante da turma 16 do Curso, deu dicas aos calouros: “Espero que tenham a sorte de amar a Medicina. Ela não é só lua, estrelas e amor. Estejam preparados, pois vão enfrentar muitos desafios e monstros. Tenham gratidão por estar aqui hoje e autoconfiança para superar as dificuldades”.
Em seguida os padrinhos e madrinhas fizeram a entrega dos jalecos aos novos acadêmicos.
Por: Emanuel Sousa