UEMA, Suzano e IPHAN inauguram Centro de Pesquisa Arqueológica em Imperatriz
Por Assessoria de Comunicação Institucional em 11 de agosto de 2016
Na manhã dessa quarta-feira (10), a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) inaugurou, no Campus Imperatriz, em parceria com a Suzano Papel e Celulose, e o IPHAN, o Centro de Pesquisa em Arqueologia e História “Timbira” (CPAH), considerado um campo de estudo multidisciplinar que dialoga com áreas afins das Ciências Humanas e Sociais de estudos arqueológicos realizados na região Sul do Maranhão.
Participaram da cerimônia, o vice-reitor da UEMA, Walter Canales; a presidente Nacional do IPHAN, Kátia Bogéa; o prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira; o diretor do Campus UEMA em Imperatriz, Paulo Catunda; o gerente jurídico da Suzano, André Brito; a coordenadora do Centro de Pesquisa em Arqueologia e História “Timbira”, Maristane Sauimbo; o superintendente do IPHAN no Maranhão, Maurício Itapary; professores, alunos e convidados.
O Centro de Pesquisa Arqueológica surgiu a partir do Núcleo de Estudos Africanos e Indígenas (NEAI), que se consolidou como órgão de pesquisa dentro da universidade, participando e promovendo encontros, seminários e fóruns culturais em defesa do patrimônio, material e imaterial. E, além disso, envolveu a sociedade civil nesse diálogo de forma dinâmica e participativa. “Em 2016 deu-se a efetivação do nosso projeto acadêmico de espaço museal para conservação e guarda de patrimônio cultural africano, afrodescendente e indígena, por meio do Centro de Pesquisa em Arqueologia e História “Timbira”, com sede localizada nas dependências da UEMA”, esclarece Maristane.
O CPAH, de acordo com a professora Maristane, é um local que tem como objetivo a preservação e a exposição de materiais arqueológicos, etinológicos e da cultura do serrado maranhense, coletados nas áreas de implantação da fábrica da Suzano e de outros empreendimentos implantados na região Tocantina. Além de ser um espaço totalmente equipado para receber estudantes, pesquisadores e a comunidade. O centro é a primeira instituição de guarda de acervo arqueológico no Sul do Maranhão, colaborando para a preservação desse material, considerando que outras duas instituições se encontram em São Luís.
A professora afirma que o Laboratório de Arqueologia do Centro “Timbira” é pioneiro ao desenvolver estudo e pesquisa de cultura material das populações ancestrais que ocuparam a Amazônia Oriental. É, anida, segundo ela, um espaço museal para salvaguardar todo o acervo arqueológico coletado na região.
Para o vice-reitor Walter Canales, que representou o reitor Gustavo Costa na solenidade, a existência do NEAI possibilitou que o IPHAN trouxesse para a UEMA este projeto de grande importância, que é o Centro de Arqueologia “Timbira”. “Na verdade, aqui temos instalações amplas e adequadas, que irão possibilitar o aumento das pesquisas, material coletado e exposto no Centro, que mais tarde servirão para incentivar os alunos de iniciação científica, aos cursos de pós-graduação, sejam eles, Lato Sensu, ou mesmo um mestrado voltado para esta área” disse o professor Walter.
A presidente Nacional do IPHAN, iniciou sua fala justificando a implantação do Centro, pela riqueza arqueológica encontrada no Sul do Maranhão que, na sua opinião, merece uma atenção especial. “E, neste contexto, o papel do IPHAN é fortalecer o patrimônio arqueológico através de uma gestão bem feita das universidades, que são as responsáveis pela pesquisa no País”, esclareceu Kátia. E concluiu: “Já temos pesquisas na região, que está mudando a história da ocupação deste território, coisas que nós não sabíamos”.
Para o gerente jurídico da Zuzano, André Brito, as pesquisas já haviam sido feitas, mas no interior do Maranhão não havia um centro de guarda dos resquícios arqueológicos. “Por isso, foi celebrado este convênio entre IPHAN, UEMA e Suzano, para conservar o que já existia. Com este material, estudantes e pesquisadores vão poder desenvolver mais estudos e fazer novos resgates, que contribuirão para a história indígena do estado e da região”, ressalta.
Conforme o diretor do Campus UEMA, Paulo Catunda, a implantação do Centro de Arqueologia é um ganho para a sociedade imperatrizense e para os alunos do Curso de História da UEMA, que vão poder trabalhar na prática a arqueologia e guardar o material encontrado na região, conservando, assim, a cultura dos povos indígenas e afros.
O Centro beneficiará a cidade de Imperatriz e toda a região com ações de educação patrimonial, visando consolidar a valorização e preservação dos saberes tradicionais e populares, que definem a identidade sul maranhense. A comunidade do entorno será a primeira contemplada com essas ações que envolvem a realização de palestras, visitas guiadas à exposição arqueológica e etnológica no espaço física do CPAH “Timbira”.
Texto: Alcindo Barros
Fotos: Alcindo Barros