III Jornada de Ciências Sociais debate sobre profissão e ensino da Sociologia
Por em 28 de agosto de 2014
.jpg)
A III Jornada de Ciências Sociais da Uema tem promovido diversos debates durante a semana. Com a temática “Democracia, Desenvolvimento e Conflitos Sociais”, o evento fomenta um amplo debate, que envolve a comunidade acadêmica e a sociedade em geral.
Na manhã desta quinta feira (28), a mesa redonda que deu início à programação do dia discutiu sobre o “Mercado de Trabalho dos Cientistas Sociais”. Entre os palestrantes estiveram: o sociólogo e empresário Alessandro Araújo Lamar; o professor José Domingos Cantanhede Silva (Uema); a antropóloga Suely Dias Cardoso; o assessor da Fetaema Miguel Henrique; e o professor César Choairy, que coordenou a mesa.
Em sua fala, o professor José Domingos Cantanhede falou sobre a necessidade de trazer a discussão sobre o mercado de trabalho do cientista social, que, segundo colocou, abrange diversas áreas, como a Sociologia, a Antropologia e a Política:
“Ainda é muito difícil a discussão referente ao mercado de trabalho do cientista social. Mas, para além dessas discussões, nós temos os profissionais que se formam e que precisam atuar no mercado. E essa atuação vai além da vida acadêmica, ele pode estar no ensino médio, como professor de sociologia, numa empresa, no serviço público, e em diversos lugares”, pontuou o docente.
Para a estudante Graciane Pinheiro, debater sobre o mercado de trabalho do cientista social é de grande importância também para os alunos. “Às vezes o estudante chega no curso meio perdido, então esse direcionamento, em relação às diversas áreas de atuação profissional é extremamente necessária, principalmente aos estudantes que estão em fase de conclusão de curso”, ressaltou.
Ainda durante a manhã, outra mesa redonda debateu sobre “Os desafios do ensino de Sociologia na Educação Básica”, que teve como palestrantes: o professor Otair Fernandes de Oliveira (Ufrj); Juarez Lopes de Carvalho Filho (Ufma); e José Antônio Ribeiro de Carvalho (Uema).
De acordo com o professor José Antônio, “apesar da obrigatoriedade do ensino de sociologia nas escolas, em 2008, que foi uma conquista de lutas sociais, muitas vezes vamos encontrar pessoas com outra formação ensinando a sociologia, e os alunos deixam de perceber a importância dessa ciência, na questão de proporcionar ao aluno a reflexão e formação crítica”, frisou.
A III Jornada de Ciências Sociais da Uema termina hoje (28), e busca examinar a partir da realidade sócio espacial, os desafios das ciências sociais no século XXI, diante da globalização neoliberal e dos impactos produzidos sobre os territórios.
