Professora de Balsas defende Tese sobre nomes de lugares maranhenses
Por em 19 de março de 2012
A professora do Centro de
Estudos Superiores de Balsas (Cesba), Maria Célia Dias de Castro, defendeu, recentemente, sua tese de doutorado "Maranhão: sua toponímia, sua
história", na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás (UFG).
O trabalho é fruto de investigações do porquê de lugares maranhenses terem os nomes que têm e o que
motiva a escolha desses nomes. “Para isso, procuramos identificar, descrever e interpretar esses topônimos, levando em conta que os nomes são uma categoria fundamental do
sistema léxico do português”, disse a professora.
A Toponímia é a divisão da onomástica que estuda os topônimos, ou
seja, nomes próprios de lugares, da sua origem e evolução; é considerada uma parte da linguística, com fortes ligações com a
história, arqueologia e a geografia.
A professora Maria Célia explica que “após a coleta dos dados históricos, procedemos à
análise, na qual partimos da teoria clássica sobre a natureza dos nomes e procuramos discorrer historiograficamente acerca dos pensamentos filosóficos que iniciaram
esses estudos, desde os platônicos, passando pela discussão de Whitney até os sempre atuais estudos de Saussure”.
Fizeram parte da Banca
Examinadora os professores doutores Maria Suelí de Aguiar (UFG), Gustavo Solis Fonseca (CILA/Universidad Nacional Mayor de San Marcos – Peru), Karylleila dos Santos Andrade
(UFT), Vânia Casseb Galvão (UFG), Anton Corbacho Quintela (UFG), Silvia Lúcia Bigonjal Braggio (UFG).
Não faltaram elogios feitos à
pesquisa, de acordo com a professora Maria Suelí, “O estudo desenvolvido pela Maria Célia, foi um marco para os estudos linguísticos da UFG. Até
então, não havia nenhuma pesquisa, nessa instituição, sobre toponímia nem mesmo sobre Onomástica em geral. Acredito que sua
contribuição acadêmica foi grande e de muita relevância”, afirma.
A professora Silvia Lúcia ressaltou que “Por trazer à
luz autores que colocam as diferentes situações vividas por meio dos diferentes topônimos, a partir dos nomes que os povos indígenas lhes davam e da consequente
transplantação de outros povos europeus para o Maranhão, Célia Castro nos brinda com a própria história de seu Estado. É fascinante
acompanhar a leitura de seu trabalho e, por meio dele, adentrar a história do povo maranhense, a partir dos topônimos, ou seja, das palavras plenas de conteúdo
histórico, político, social e cultural. Castro pode ser considerada a primeira linguísta da Linguística Histórica Crítica. A ela pertence esse
mérito e, seguramente, com a publicação de seu trabalho, será motivo de orgulho para a comunidade científica e para o povo do Maranhão”,
conclui Sílvia.